Página Inicial

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Judas Priest e Whitesnake (Anhembi, SP, 10/09/2011)

Whitesnake e Judas Priest são duas bandas que não conhecem a expressão ‘deixar a peteca cair’. Em mais uma apresentação conjunta das bandas pelo país – a outra aconteceu em 2005 -, ficou evidente que ambas ainda tem o que contribuir com a cena da música pesada, embora já sejam mais que consagradas e míticas no meio roqueiro. O primeiro da série de quatro shows dos grupos em terras tupiniquins aconteceu no último sábado, no Anhembi, em São Paulo.

David Coverdale põe fogo na idéia de quem diz que, com a idade avançada, suas cordas vocais não são mais as mesmas. É claro que ele sabe disso, mas, ao deixar sua voz soar mais grave, como nos dois últimos discos da banda, o vocalista deixa os críticos imaginar outra forma de o criticar. E o que dizer da atual formação da banda? Quem presenciou sabe, a qualidade dos integrantes é inigualável e leva a crer que, somente agora, com quase 40 anos de existência, o grupo encontrou uma das mais sólidas e fincadas no blues e rock de suas formações. Doug Aldrich e Reb Beach, nas seis cordas, deram um show à parte.
Imagem
Imagem
Mas então, as quase 30 mil pessoas que estavam no Anhembi viram o Whitesnake  dar adeus e um outro pano de fundo tomar conta do palco onde os dois grupos se apresentaram. No horário marcado, às 22 horas – o que é raro -, o Priest subiu ao palco logo com uma porrada. “Rapid Fire” foi a primeira música do setlist que trouxe somente clássicos da banda.
Tudo bem, em termos musicais, a apresentação do Whitesnake foi, sim, a que mais se destacou, já que a banda possui uma fusão de ritmos bem maior que os britânicos do Priest. Mas a maior parte dos presentes queria mesmo é saber do heavy metal de Rob Halford & Cia.
E não faltaram as motocicletas no palco nem mesmo o tridente característico da banda para aterrissar os fãs em uma espécie de culto à nostalgia do Priest. Não demorou para que o público se agitasse mais e potencializasse a energia em gritos de apoio e músicas cantadas ao pé da letra.
Para se valer de alguns exemplos, “Breaking the Law”, “Victim of Changes” e “Painkiller” foram as mais animadas. Na primeira, Halford sequer cantou. Optou por deixar a platéia ocupar seu lugar. Escolha mais do que sábia. O coro metálico tomou conta do Anhembi.
Imagem
Imagem
Por último, o performático Rob Halford, destaque ao lado de Scott Travis, nas baquetas, fez com que a noite terminasse ao melhor estilo. “Living after midnight” fechou o repertório da noite, dando boas-vindas à madrugada paulistana que já havia chegado – o show terminou por volta das 00h15. Duas grandes bandas que fizeram mais um bom show no Brasil. Resta a esperança que voltem mais vezes.
Imagem
Imagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário